A tomografia computadorizada (TC) é um dos métodos de imagem mais amplamente utilizados na medicina para avaliação de diversas condições médicas, incluindo o melanoma cutâneo. Esse procedimento utiliza radiação ionizante na forma de raios-X para criar imagens de cortes transversais do corpo, proporcionando informações detalhadas sobre a região a ser examinada. No entanto, é importante ressaltar que a quantidade de radiação utilizada varia de acordo com a área do corpo a ser escaneada, o que pode ser um fator relevante a considerar.
A tomografia com contraste é particularmente valiosa na avaliação de metástases intra torácicas e na detecção de adenopatia mediastinal e hilar associada com disseminação linfática. Além disso, é uma ferramenta eficaz para avaliar lesões ósseas em pacientes com melanoma. A utilização de um contraste intravenoso durante o procedimento pode aumentar a sensibilidade na detecção de metástases em órgãos sólidos.
É importante mencionar que, embora a tomografia computadorizada também possa ser empregada na avaliação e estadiamento de metástases cerebrais, a ressonância magnética (RM) é geralmente considerada mais sensível e é considerada o padrão-ouro para essa finalidade.
No entanto, quando se trata da detecção de metástases em linfonodos, a sensibilidade da tomografia computadorizada pode variar consideravelmente, abrangendo um intervalo de 23% a 85%. Isso significa que, embora a TC seja uma ferramenta valiosa para muitos aspectos do diagnóstico do melanoma, não é necessariamente superior à biópsia do linfonodo sentinela quando se trata do estadiamento dos linfonodos regionais. Portanto, não é recomendado que a tomografia seja indicada com o objetivo de detecção precoce de metástases linfonodais. A escolha entre os métodos de imagem deve ser feita de acordo com a situação clínica específica do paciente, visando sempre a obtenção do diagnóstico mais preciso e oportuno possível.
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