São considerados melanomas acrais, os localizados na região plantar, palmar e subungueal. A primeira descrição do melanoma acrolentiginoso foi feita por Reed e colaboradores, em 1976. O primeiro relato de caso clínico foi publicado por Arrington em 1977, com um total de 27 casos, e o melanoma acral foi considerado um subtipo histológico de melanoma só em 1979.
Ele é diagnosticado em idade mais avançada quando comparado com os outros subtipos de melanoma. Várias hipóteses tentam explicar este fato e alguns autores acreditam que o melanoma acral apresente um comportamento biológico mais agressivo comparado aos outros subtipos. Outros acreditam na falta de conscientização da população para a possibilidade de ocorrência de melanoma nestas localizações e consequentemente tendo como consequência o diagnóstico tardio. Além disso existe a dificuldade da lesão estar localizada em áreas escondidas na fase inicial, e também do precário cuidado da atenção básica na população da terceira idade.
A etiologia do melanoma acral permanece incerta. Os fatores etiológicos, provavelmente, diferem dos outros subtipos de melanoma cutâneo. A radiação ultravioleta provavelmente não desempenha um papel importante em áreas não expostas, como palmas e plantas. Em estudo conduzido na Austrália com objetivo de investigar as causas do melanoma acral, um aumento do risco estava associado ao trauma perfurante nas regiões palmar e plantar e a exposição crônica à agrotóxicos.
Os fatores prognósticos do melanoma acral são os mesmos dos outros melanomas. A presença de
micrometástase no linfonodo sentinela, a presença de satelitose, a invasão vascular, além dos três principais fatores relacionados ao tumor primário: espessura de Breslow, presença de ulceração e índice mitótico medido em número de mitoses/mm2. Outros fatores associados a um mau prognóstico são a idade avançada e o sexo masculino. A presença de nevos melanocíticos e do grau de invasão de Clark, não são mais considerados fatores prognósticos relevantes, assim como o tipo histológico.