Particularidades da abordagem inicial
O diagnóstico e o manejo do melanoma nos jovens são complicados por dois motivos principais:
1. A biópsia excisional requer sedação.
O tratamento do melanoma cutâneo se inicia com uma biópsia. Preferencialmente deve ser realizado a biópsia excisional que consiste na remoção completa da lesão pigmentada suspeita, com margens milimétricas de 1 a 2 mm. Aqui não se pretende realizar o tratamento. Consiste apenas no diagnóstico e definição das características histopatológicas ( principalmente espessura da lesão, conhecida como índice de Breslow e ulceração) que nortearão o tratamento. Em adultos, na maioria dos casos, esse procedimento é realizado sob anestesia local e é considerado um procedimento simples. Já nas crianças, esse procedimento é um pouco mais delicado de difícil manipulação apenas com anestesia local e requer a presença do médico anestesista para sedação, controle de vias aéreas e monitorização dos sinais vitais.
2. Lesão pigmentada com significativa atipía celular
Outro ponto que requer atenção, agora no campo da avaliação histopatológica é a presença de lesão pigmentada com significativa atipia celular e simetria estrutural o que pode representar o nevo de Spitz, que se apresenta com um comportamento benigno. No entanto, estes pacientes devem ser observados por longo período, o que é aconselhável por conta da dificuldade da realização da biópsia. Em algumas situações, mesmo com todas as circunstâncias favoráveis, o diagnóstico de certeza da lesão melanocítica é difícil, o que tem levado a um termo formal: (MelTUMP) TUMOR MELANOCÍTICO DE POTENCIAL MALIGNO INCERTO e com o advento da biópsia do linfonodo sentinela (BLS), a sua indicação para os MelTUMPs pode esclarecer o diagnóstico com a identificação de lesão metastática no linfonodo e apoiar o diagnóstico do melanoma. As recomendações atuais para o manejo do melanoma nas crianças é o mesmo recomendado para os adultos.
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