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Foto do escritorDr. Luiz Fernando Nunes

Da Pinta ao Melanoma: Entendendo a Evolução e os Fatores de Risco

Introdução


O melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, tem origem em células pigmentares chamadas melanócitos. Embora muitos desses melanócitos formem nevos benignos (conhecidos como pintas ou sinais), alguns podem evoluir para melanoma devido a uma combinação de fatores genéticos e danos causados pela radiação ultravioleta (UV). Compreender essa progressão é essencial para a detecção precoce e o tratamento eficaz do melanoma.




Da Pinta ao Melanoma


Os nevos melanocíticos, normalmente benignos, podem se transformar em melanoma através de mutações genéticas específicas. As mutações mais comuns incluem a BRAFV600E em nevos comuns e diversas mutações na sinalização MAPK, no promotor TERT e no gene CDKN2A em nevos displásicos. Essas mutações iniciais são apenas o começo, pois mutações adicionais, como em NRAS, e a ativação de vias como a WNT, que desempenham um papel crucial na metástase, são necessárias para a progressão completa para melanoma. Genes como ARID2 e ARID1A também estão envolvidos nessa progressão.


Classificação e Diversidade Molecular do Melanoma


A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica os melanomas com base na exposição ao sol cumulativa (CSD). Melanomas de baixo CSD, como o melanoma de disseminação superficial, geralmente ocorrem em áreas do corpo menos expostas ao sol e apresentam mutações como BRAFV600E. Já os melanomas de alto CSD, incluindo lentigo maligno e melanomas desmoplásicos, desenvolvem-se em pele com danos solares significativos, especialmente em pessoas mais velhas, e possuem um alto número de mutações, como NRAS e BRAF não-V600E. Há também melanomas não associados ao CSD, como os melanomas de Spitz e melanomas acral e mucoso, que possuem características moleculares distintas e não apresentam as mutações comuns aos melanomas cutâneos.


Conclusão


A compreensão das diversas vias moleculares e das características genéticas dos diferentes tipos de melanoma é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de tratamento mais eficazes e personalizadas. A classificação detalhada fornecida pela OMS não só facilita o diagnóstico, mas também ilumina os caminhos específicos que cada tipo de melanoma pode seguir. Esse conhecimento aprimorado é vital para a prevenção, detecção precoce e tratamento adequado do melanoma, aumentando assim as chances de sobrevivência e qualidade de vida dos pacientes.

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Luiz Fernando Nunes

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